Economia

Caixa emperra liberação de financiamento imobiliário às vésperas das novas regras

Mesmo com processos encaminhados, interessados na casa própria amargam espera para assinar contratos; estatal sente falta de dinheiro

Revista Oeste

28 de outubro de 2024

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Economia

Caixa emperra liberação de financiamento imobiliário às vésperas das novas regras

Mesmo com processos encaminhados, interessados na casa própria amargam espera para assinar contratos; estatal sente falta de dinheiro

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28 de outubro de 2024

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A falta de recursos para o financiamento imobiliário tem afastado o sonho de milhares de brasileiros de conseguir a sua casa própria. Em razão do dinheiro escasso, a Caixa Econômica Federal não consegue dar andamento na liberação dos empréstimos.

Assim, muita gente, mesmo aquelas com processos adiantados, sofrem à espera da assinatura dos contratos. Um correspondente bancário da zona leste de São Paulo afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que tem contratos prontos com mais de 50 dias na fila de espera.

Caixa não tem dinheiro, diz funcionário

“São 30 contratos aprovados aguardando recursos. Está tudo assinado, mas a Caixa diz que não tem dinheiro e não dá qualquer previsão de quando terá”, diz o rapaz que preferiu não se identificar.

Além disso, a partir de 1° de novembro, o banco vai aplicar novas regras para emprestar dinheiro a quem pretende comprar imóveis de até R$ 1,5 milhão. A norma vai encarecer a operação.

Estatal trabalha com apenas 15% do orçamento

Para os últimos meses de 2024, a Caixa tem disponível apenas 15% do orçamento anual da instituição para esse tipo de financiamento com recursos da poupança. O banco tenta solucionar uma conta complicada: alta demanda por imóveis, com alto volume de saques da caderneta de poupança (fonte dos financiamentos) e taxa Selic atraente como investimento conservador.

Desde o ano passado, a preocupação com a falta de verba para financiamento é constante em declarações da diretoria da estatal.

Os executivos temem não haver mais dinheiro para emprestar a partir de 2025. O problema, contudo, já é vigente nas agências, conforme relatos de compradores, vendedores e agentes intermediários que compõem a cadeia do setor.

Um outro correspondente bancário da Caixa contou à reportagem que, normalmente, assinava de 25 a 30 contratos por semana. Na primeira semana de outubro assinou apenas cinco, com cerca de uma centena aguardando verbas.

Créditos: Revista Oeste

 

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