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Agronegócio
Missão agro: comitiva viaja à China para ocupar espaço deixado pelos EUA
A ação ocorre em um momento considerado “único” por autoridades e empresários: as tarifas cruzadas entre chineses e norte-americanos estão criando espaços comerciais que o Brasil quer ocupar

Sou Agro net
6 de maio de 2025
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Missão agro: comitiva viaja à China para ocupar espaço deixado pelos EUA
A ação ocorre em um momento considerado “único” por autoridades e empresários: as tarifas cruzadas entre chineses e norte-americanos estão criando espaços comerciais que o Brasil quer ocupar

Sou Agro net
6 de maio de 2025
Em meio à escalada da guerra tarifária entre China e Estados Unidos, o agronegócio brasileiro prepara uma ação coordenada de peso para ampliar sua presença no mercado chinês. Lideradas pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as principais entidades do setor organizam a maior missão empresarial agropecuária já enviada à China, com cerca de 150 representantes de diversos segmentos produtivos.
A ação ocorre em um momento considerado “único” por autoridades e empresários: as tarifas cruzadas entre chineses e norte-americanos estão criando espaços comerciais que o Brasil quer ocupar. Entre os destaques da missão estão a inauguração de um escritório conjunto em Pequim, que reunirá representantes da cadeia de carnes bovina, suína e de frango, eventos de aproximação com importadores chineses e visitas ao interior do país para conhecer hábitos de consumo e identificar novas oportunidades.
Para Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA), o momento é decisivo para a inserção mais profunda do Brasil na economia chinesa. “Estamos diante de uma oportunidade histórica. A guerra comercial entre Estados Unidos e China cria um cenário em que o Brasil pode se posicionar como um fornecedor confiável e estratégico. Essa missão à China é muito mais do que uma agenda de negócios; é uma afirmação de protagonismo do nosso agro no cenário global”, afirmou Rezende.
Segundo ele, o momento exige ação coordenada: “É a hora de mostrar que o Brasil não apenas tem escala e qualidade, mas também compromisso e estrutura para atender o mercado chinês com regularidade”.
A delegação brasileira representa ao menos nove setores produtivos, entre eles: carne bovina, aves, suínos, milho, etanol de milho e DDG, frutas, café, algodão, citros e biotecnologia. No setor de frutas, a expectativa é destravar as exportações de melão e uva, que têm autorização sanitária, mas ainda operam com baixo volume. Já o setor cafeeiro vê uma abertura para produtos premium, com consumidores chineses dispostos a pagar mais por grãos especiais do Brasil.
A movimentação ganhou ainda mais força após a confirmação da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, entre os dias 12 e 13 de maio, para o Fórum China-Celac. Na agenda, está prevista uma reunião bilateral com o presidente Xi Jinping e participação no Fórum China-Celac.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, também estarão no país, na Sial China, maior feira de alimentos da Ásia, marcada para 19 a 21 de maio em Xangai. A intenção é alavancar exportações ao país asiático, que atingiram quase US$ 50 bilhões em 2024, consolidando a China como principal destino dos produtos do agro brasileiro.
“O Brasil acerta ao marcar presença institucional no país que mais importa nossos alimentos”, avaliou Rezende. “O escritório em Pequim será uma ponte permanente entre os exportadores brasileiros e os compradores chineses. Isso muda o patamar da relação e sinaliza confiança de longo prazo”.
Além das ações organizadas por entidades como Abiec e ABPA, a CNA também participará de agendas voltadas à redução de barreiras sanitárias e tarifárias, ponto fundamental para ampliar a competitividade de produtos brasileiros frente aos norte-americanos. O Ministério da Agricultura considera o momento “oportuno” para fortalecer os laços com os chineses.
Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais da pasta, Luis Rua, a crise comercial entre EUA e China pode gerar um “reposicionamento estrutural” do Brasil no comércio internacional.
“Essa delegação é, na prática, o retrato de um novo Brasil no comércio agrícola global. Com liderança institucional, diplomacia econômica ativa e forte articulação empresarial, podemos garantir que produtos brasileiros não apenas cheguem à China — mas permaneçam lá com força e reputação”, concluiu Isan Rezende.
Créditos: Sou Agro net
Foto: porttechnology.org
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